Vigilância Sanitária constata grande quantidade de caramujo africano em Rio dos Cedros

Vigilância Sanitária constata grande quantidade de caramujo africano em Rio dos Cedros

A Vigilância Sanitária da Secretaria Regional de Timbó, Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de Rio dos Cedros, em conjunto à Vigilância Sanitária de Ascurra realizaram visitas em duas residências e um estabelecimento religioso localizado na Tifa Uecker, em Rio dos Cedros, onde foi encontrada uma grande quantidade de caramujo africano. Desta forma, a Vigilância Sanitária Estadual, Regional e Municipais trabalham a conscientização com os moradores. "Esse molusco pode transmitir doenças. As pessoas foram orientadas de como proceder na captura e como destruir o vetor, bem como a proteção com uso de luvas e outro meio para evitar o contato das mãos com o caramujo", salienta o técnico de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental da Gerência de Saúde da Secretaria Regional de Timbó, Odemar Slomp.

O fiscal de Vigilância Sanitária do município de Rio dos Cedros Rudimar Busarello realiza, semanalmente, monitoramento nas localidades do município e, a partir dos próximos dias, levará os caramujos africanos para serem incinerados em fornos de olaria, com temperatura a cerca de 800ºC. "Por enquanto os moradores, orientados pela Vigilância Sanitária, incineram os moluscos em tambores", ressalta Rudimar.

A Vigilância Sanitária de Rio dos Cedros informa que se houver a presença do caramujo africano em alguma outra localidade, os moradores podem avisar através do telefone 3386-1090.


Informações sobre o molusco:


O que é o caramujo gigante africano (Achatina fulica)?

É um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África. Quando adulto atinge 15cm de comprimento. Foi introduzido recentemente no Brasil com o nome de escargot. Porém, esse molusco não é comestível. Atualmente é encontrado em 14 estados brasileiros. Ataca e destrói plantações de mandioca, batata-doce, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate, flores, frutas e folhas de muitas espécies nativas. Sobe em muros e invade casas. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos e, após cinco meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir. Sobrevive o ano todo, se reproduzindo mais rapidamente no inverno. É resistente à seca e ao frio. Sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos.


O que fazer quando encontrar um caramujo gigante africano?


Certifique-se que é mesmo o caramujo gigante africano. Em caso de dúvida, procure a Secretaria Municipal de Saúde ou a Regional de Saúde. Cate os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. Para matá-los é preciso queimá-los dentro de latas ou tonéis, depois quebrar as conchas e enterrá-las. Também pode simplesmente esmagá-los e enterrá-los. Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação.

 

Que doenças ele provoca?


Pode transmitir dois tipos de vermes:

– Angiostrongylos cantonensis: causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.

– Angiostrongytus costaricensis: causador do angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em óbito por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Tem como sintomas dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos.

A identificação do verme é difícil, pois os ovos do verme não aparecem nas fezes dos doentes e o próprio verme é desconhecido da maioria dos médicos sanitaristas e protologistas. A simples manipulação dos caramujos vivos pode causar contaminação, pois os vermes podem ser encontrados na secreção dos caramujos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar verduras, frutas e disseminar doenças.

Fonte: http://www.tpa.com.br/site/noticias/detalhes/vigilancia-sanitaria-constata-grande-quantidade-de-caramujo-africano-em-rio-dos-cedros/