LEI COMPLEMENTAR Nº277, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2016

Tipo: Lei Complementar
Ano: 2016
Data da Publicação: 16/12/2016

EMENTA

  • Dispõe sobre as taxas municipais por serviços ambientais executados pelo órgão ambiental do Município

Integra da Norma

LEI COMPLEMENTAR Nº277, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2016.

 

Dispõe sobre as taxas municipais por serviços ambientais executados pelo órgão ambiental do Município

 

O Prefeito do Município de Rio dos Cedros, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições, faz saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores aprovou e este sanciona a seguinte Lei Complementar:

 

Art. 1º – Fica instituída a Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais.

§ 1º – Serão cobradas taxas para cada licenciamento, visando cobrir os custos e despesas de análise das licenças ambientais, bem como a manutenção da estrutura física-operacional do órgão ambiental municipal para a realização de tal fim, na forma desta Lei Complementar.

§ 2º – Poderão ser estabelecidas outras formas de cobrança para os licenciamentos de baixo potencial de degradação ambiental, com anuência do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art. 2º – A Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais tem como fato gerador o exercício do poder de polícia ou a prestação de serviços pelo órgão ambiental municipal, e será devida para:

I – análise prévia com vistoria para concessão de autorizações ambientais (terraplanagem) e/ou licenças ambientais (licença prévia, licença de instalação e licença de operação);

II – análise prévia para concessão de licenças simplificadas;

III – autorização de corte de vegetação – AuC e reposição florestal;

IV – autorização municipal simplificada de cortes de árvore;

V – averbação de reserva legal;

VI – licença ambiental para terraplenagem urbana e rural;

VII – certidão de conformidade ambiental, mediante vistoria ou não;

VIII – autorização ambiental.

§ 1º – Os valores referentes à taxa que trata o presente artigo serão calculados e cobrados na forma estabelecida no Anexo Único.

§ 2º – Os critérios do porte do empreendimento em relação ao potencial poluidor degradador serão estabelecidos pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, que definirá por listagem as atividades potencialmente poluidoras.

§ 3º – A determinação do valor da Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais, a quantificação do serviço e o cronograma de execução serão definidos quando da solicitação por parte do interessado.

§ 4º – A cobrança dos serviços solicitados será realizada na hora do pedido, sendo que nenhum serviço será autorizado pelo responsável sem o comprovante do respectivo pagamento.

Art. 3º – Na análise de licenças ambientais de que tratam os incisos I e II do artigo anterior será observado o seguinte:

I – a taxa exigida para as referidas atividades será graduada em função do porte e do potencial poluidor degradador, conforme Tabela 01 do Anexo Único da presente lei;

II – as licenças ambientais de operação terão prazo de validade de 04 (quatro) anos, podendo, por decisão motivada, tal prazo ser reduzido, e as licenças simplificadas terão validade de 01 (um) ano, desde que permaneçam as condições iniciais que autorizaram sua concessão; e

III – a cobrança da análise dos pedidos de licenças ambientais será efetuada em cada uma das fases do processo de licenciamento, conforme determina a legislação em vigor.

Art. 4º – O sujeito passivo da Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais é a pessoa física ou jurídica cuja atividade esteja sujeita às leis ambientais e que requerer serviço sujeito à sua incidência ou for o destinatário do exercício do poder de polícia.

§ 1º – Estão dispensados do pagamento das taxas de serviços ambientais previstos na presente lei:

I – os órgãos e entidades integrantes da União e o Estado, inclusive suas fundações e autarquias;

II – os órgãos da Administração Direta, as fundações e autarquias municipais;

III – as associações de pais e professores – APP, as associações de moradores de bairro, as associações de classe, centros comunitários e associações de pais e funcionários – APF, devidamente constituídos e sem fins lucrativos;

IV – os clubes de caça e tiro e as associações culturais, as sociedades desportivas, recreativas e os clubes, devidamente constituídos, reconhecidos de utilidade pública por lei municipal e sem fins lucrativos;

V – as instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos.

§ 2º – Para usufruir da dispensa prevista neste artigo as pessoas jurídicas acima elencadas deverão comprovar documentalmente tal condição no momento do pedido. Além disso, as pessoas jurídicas descritas nos incisos III, IV e V do parágrafo anterior deverão preencher os seguintes requisitos:

I – não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a qualquer título;

II – aplicar integralmente os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

III – manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

§ 3º – O pagamento da Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais não será exigido dos Microempreendedores individuais no primeiro ano de funcionamento e pela metade no segundo ano, retornando ao valor total nos anos seguintes.

Art. 5º – A Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais será recolhida até a data do requerimento do serviço ou atividade.

Art. 6º – No que couber, aplica-se subsidiariamente à Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais o disposto no Código Tributário Municipal e suas alterações.

Parágrafo único – Fica criada a Taxa de Fiscalização e Vistoria do Serviço de Inspeção Municipal, que tem como pressuposto o exercício  do  poder  de  polícia  pela  Municipalidade,  no âmbito do  Serviço de  Inspeção Municipal,  devida  na   importância  de  UFM´s 0,0003, por  quilo  de  produção, a  ser recolhida mensalmente, até  o  dia 10 de  cada mês, subsequente  ao  ato de  fiscalização e  vistoria,  tendo  como  contribuintes  os  estabelecimentos produtores e  que de  qualquer forma  comercializem  produtos  sujeitos  a  vistoria  e   fiscalização do  Serviço de Inspeção Municipal, na  forma  da  lei de  regência.

Art. 7º – Os valores recolhidos à União, ao Estado, a outro Município e ao Distrito Federal, a qualquer outro título, tais como taxas ou preços públicos de licenciamento ou fiscalização, não constituem crédito para compensação com a Taxa Municipal de Prestação de Serviços Ambientais de que trata esta lei.

Art. 8º – Os valores constantes do Anexo Único estão expressos em Unidade Fiscal do Município – UFM e serão atualizados anualmente conforme dispõe o Código Tributário Municipal e suas alterações.

Art. 9º – As disposições constantes na presente lei poderão ser regulamentadas por Decreto Municipal.

Art. 10 – Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, observado quanto aos seus efeitos o disposto no art. 150, inciso III, alíneas “b” e “c”, da Constituição Federal.

MUNICÍPIO DE RIO DOS CEDROS, em 16 de dezembro de 2016.

FERNANDO TOMASELLI
Prefeito de Rio dos Cedros/SC

A presente Lei Complementar foi devidamente registrada e publicada na forma regulamentar em 16 de dezembro de 2016.

 Margaret Silvia Gretter

Diretora de Gabinete