HISTÓRICO
Pe. João Baptista Delsale, filho de Pedro e Virgínia, nasceu aos 25 de junho de 1909, na cidade de Rio Grande, do vizinho Estado do Rio Grande do Sul. Desde pequeno começou seus estudos, fazendo o primeiro ano de escola em casa e a seguir, matriculando-se no grupo Escolar Bibiano de Almeida e os últimos 2 anos de primário no colégio Salesiano Leâo XIII. Por sugestão do Pe. Olívio Giordano e Pe. André Delloca tornou-se coroinha da igreja do colégio, sacristão e encarregado do Oratório Festivo. Foi aceito para aspirante à vida salesiana nem 1924, cursando o ginásio na cidade paulista de Lavrinhas, onde fez seu ingresso na congregação Salesiana com noviciado. Continuando seus estudos, fez o curso de Filosofia e a seguir transferiu-se para um Colégio salesiano da Inspetoria para 3 anos de magistério de língua portuguesa e outras disciplinas, no Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, em Bagé-Rs. Em 1937 recebe a ordenação sacerdotal através do ordenante Dom José de Afonseca e Silva, no dia 08 de dezembro. Dali por diante sua vida foi uma consagração total a serviço de Deus, na pessoa do povo e em especial, das crianças e dos jovens mais necessitados. Trabalhou no Liceu Coração de Jesus, como professor do Externato e encarregado do Oratório Festivo, Centro Juvenil, nos anos de 38 e 39. No ano seguinte, transfere-se para o Aspirantado Seminário de Jaciguá-ES, como diretor dos estudos e vigário paroquial. E em 41 vem para Santa Catarina, Rio do Sul, encarregado do Oratório Juvenil, professor e vigário da paróquia.
Em 1942 ei-lo em Rio dos Cedros, como encarregado do Oratório Festivo, Vigário Paroquial e capelão do Hospital Dom Bosco até 1952, percorrendo todo o interior da Paróquia no lombo de montaria, em jeep, e muitas vezes de carroça. Levava consigo o Cristo Salvador para o “rebanho de fé”, a esperança de dias melhores para os casais e a juventude, e muita coragem e carinho para os caboclos, crianças e todo o povo de Deus. Não faltaram aventuras e peripécias com animais perigosos, cobras e até onças. As caçadas ainda eram parte integrante do folclore popular italiano, sendo que os espécimes abatidos eram , pelo menos, 3 vezes maiores que os atuais. Assim dizem os colegas. Mais uma vez o superior da Congregação e o transfere para o Colégio de Rio do Sul, que necessitava urgentemente de um bom professor de portugês para o ginásio e curso comercial noturno.Paralelamente atendia o interior aos sábados e domingos, percorrendo as capelas de todo o município.Ainda lembram do Padre Gaúcho magrinho e celebrado espírito de aventura e coragem campeira gaúcha, com esporas, chapéu e tracionado por um potro veloz e caborteiro, em “Aranha” OU MONTADO.
Seu colega de pastoreio das almas era um ex-combatente da 1ª guerra mundial, o Pe. Franz Spät. Mas, a história e a fortuna devolvem o Pe. João ao seu povo querido de Rio dos Cedros. Em 1970 retorna ás lides pastorais na comunidade riocedrense, encontrando aqui o Pe. Paulo Marconcini, Pe. Victor Vicenzi e outros heróis da antiga e nova guarda. Como vigário paroquial da matriz e atendendo 28 capelas do interior, ainda encontrou tempo para cuidar dos jovens e crianças do Oratório Festivo, Centro juvenil, do Hospital Dom Bosco e ministrar aulas no antigo Pe. Pastorino para noviços salesianos e para os jovens da cidade. O que mais se admirava no Pe. João era a longa disposição para o trabalho, mas acima de tudo a dedicação aos irmãos e ao povo, a qualquer hora e situação. Pe. João é cidadão riossulense e cidadão riocedrense. Era homem de trabalho: pagou seus estudos com 13 anos de serviço na comunidade: até 1937 Foi professor e educador por 3 anos 1931 a 1933 Padre, professor e educador cristão: 2 anos em São Paulo, 01 ano em Jaciguá-Es, 20 anos em Rio do Sul e 32 anos em Rio dos Cedros.
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DECRETO Nº 1.634, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2002.
DECRETA LUTO OFICIAL.
MARILDO DOMINGOS FELIPPI, Prefeito Municipal de Rio dos Cedros, Estado de Santa Catarina, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município, no seu artigo 70, inciso I, letra “n”;
Considerando, o falecimento do cidadão riocedrense Pe. João Baptista Del Sale, pela nobreza de espírito sacerdotal e liderança na conservação das tradições de nosso povo;
Considerando, a intenção dos servidores e munícipes em prestar a última homenagem ao nobre cidadão riocedrense;
DECRETA:
Art.1º. Fica decretado LUTO OFICIAL por 03 (três) dias, tendo em vista o falecimento do nobre cidadão riocedrense Pe. JOÃO BAPTISTA DEL SALE, ocorrido nesta data às 12:10 horas.
Art.2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de Rio dos Cedros, 27 de Novembro de 2002.
MARILDO DOMINGOS FELIPPI Prefeito Municipal
Este Decreto foi devidamente registrado e publicado na forma regulamentar, em 27 de novembro de 2002.
ANA CLARA MARCHETTI CAMPESTRINI Diretora de Gabinete