Rio dos Cedros, antes do inicio da colonização trentina de 1875 e 1876, era uma vasta floresta inexplorada, recortada por um grande número de córregos, afluentes do mesmo rio.
O nome desse rio aparece desde 1863, quando um grupo de desbravadores dos sertões de Blumenau, chefiados por August Wunderwald, indivíduo estudado e verdadeiro bandeirante de toda a região, subia pelo Rio Itajaí-Açu, de canoa, entrando em seguida pelos Rios Cedros e Benedito.
Devido a grande quantidade de cedros, madeira preciosa de lei, existente na barra dos dois rios, deu a um deles esse nome, o outro rio recebe o nome de Benedito, provavelmente por existir um morador, chamado Benedito que teria chego antes da imigração.
A primeira exploração do Rio dos Cedros, desde a barra com o rio Benedito foi realizada, portanto, numa viagem de canoa por aqueles destemidos homens, que com dificuldade rio acima, realizaram um percurso de 15 Km, desistindo posteriormente devido o rio se tornar impraticável, e também pela escassez de alimentos.
Aquele grupo descobriu, entretanto, que a região vista do alto de um morro era muito extensa e fértil. Perceberam também que, para além das montanhas que circulavam o vale, poderia existir um grande planalto, o que realmente se verificou mais tarde.
Hoje Rio dos Cedros é um lugar aprazível, bom para se morar, habitado por gente ordeira e progressiva. Tem cerca de 10.000 habitantes. Suas colônias praticamente são as mesmas traçadas nos tempos da imigração, com 200 metros de largura por 1.000 de fundo. Medidas pelos Irmãos Deeke e adquiridas pelo preço de 200$000, pagas em longo prazo.
A madeira do Cedro sempre foi considerada por todos os povos matéria-prima de excelente qualidade para a indústria de móveis e de construção. Sua utilidade já era famosa entre os povos antigos.